Levy Fidelix, Dilma Roussef, Marina Silva, Eduardo Jorge, Luciana Genro, Aécio Neves e Pastor Everaldo. Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo. |
O
último debate entre os presidenciáveis foi realizado na noite desta
sexta-feira, 02, na TV Globo e, como antecipado por este site, foi marcado por
ataques a Dilma Rousseff. A munição: corrupção envolvendo seu governo e a
suposta utilização dos Correios em sua campanha eleitoral.
Luciana Genro (PSOL) foi quem primeiro perguntou sobre as
denúncias envolvendo o ex-diretor Paulo Roberto Costa. Ela quis saber se as
denúncias contra Costa não seriam resultado de alianças do governo petista.
Dilma voltou a dizer que demitiu pessoalmente o acusado. “Não acho que sejam
alianças que definam corruptos, corruptos há em todo lugar. A abertura a todas
as atividades de investigação é característica do meu governo. Não acredito que
ninguém esteja acima de corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção”,
disse a presidente.
Coube ao candidato Pastor Everaldo instigar Aécio Neves sobre a
denúncia de uso dos Correios na campanha petista, estatal que foi “a origem do
mensalão”. O tucano não perdeu a oportunidade. “É vergonhoso o que vem
acontecendo nas nossas empresas públicas. A Petrobras deixou há muito tempo as
páginas de economia para, diariamente, nos surpreender nas páginas policiais.
Agora, os centenários Correios estão a serviço de uma candidatura e de um partido
político em Minas Gerais. Quem diz isso não sou eu. É uma gravação de uma das
principais lideranças do PT em Minas, que diz: se o PT hoje apresenta
determinados índices nas pesquisas eleitorais, isso se deve ao dedo do PT nos
Correios. Fomos descobrir que grande parte das correspondências enviada por nós
não chegou aos destinatários. Por isso, tenho defendido a candidatura de
Pimenta da Veiga porque não quero que as empresas públicas de Minas, como de
todas do Brasil, não caiam nas mãos daqueles que as utilizam para fazer
negócios”, disse o candidato, afirmando sentir “indignação”, ao ver o estado
brasileiro “a serviço de um projeto de poder”.
A autonomia do Banco Central, foi tema de embate entre Dilma e
Marina Silva. A candidata do PSB disse que, em 2010, Dilma defendia a autonomia
do Banco Central. E que mudou sua posição na eleição deste ano. “ Qual Dilma
que está falando agora? A que está usando o discurso da eleição ou a que tem
uma convicção?”
Dilma afirmou que Marina confunde autonomia com independência. “
Independência só são para os poderes. Independência (do BC) é dar um quarto
poder para os bancos. Sempre defendi autonomia, sempre me acusam de não
respeitá-la. Eu respeito. A autonomia tem que ser opção que os governos fazem
em defesa de uma política de combate à inflação. Sugiro que a senhora leia o
que escreveram sobre seu programa”.
O clima do debate também refletiu o momento acirrado da disputa,
em que Marina e Aécio disputam ponto a ponto quem chegará ao segundo turno
contra Dilma. O tucano fez referência à ação que a adversária ajuizou no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a exploração do fato de que Marina, a
despeito de defender a “nova política” estava no PT na época do mensalão.
Marina de pronto rebateu. “Pessoas que cometem erros, como é o
caso do mensalão do PT e do PSDB, existem. Saí do PT para manter a minha
coerência. Não vi o senhor sair do PSDB”
Fonte: Ceará Agora
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