A presidente Dilma Rousseff entregou simbolicamente nesta quarta-feira
(18) ao Congresso Nacional, em uma solenidade no Palácio do Planalto, o chamado
“pacote anticorrupção”, conjunto de propostas elaboradas pelo Executivo para
inibir e punir irregularidades na administração pública.
Principal aposta do governo para atender às cobranças de parte da
população aos recentes escândalos de corrupção, o pacote reúne projetos que já
tramitam no Legislativo sobre o tema e textos elaborados pelo Executivo.
Os principais pontos dos projetos de combate à corrupção são os
seguintes:
1 – Criminalização da prática de caixa 2;
2 - Aplicação da Lei da Ficha Limpa para todos os cargos de confiança no âmbito federal;
3 – Alienação antecipada dos bens apreendidos após atos de corrupção para evitar que não sejam usados por agentes públicos e possam ser vendidos por meio de leilão;
4 – Responsabilização criminal de agentes públicos que não comprovarem a obtenção dos bens;
5 - Confisco de bens dos servidores públicos que tiverem enriquecimento incompatível com os ganhos.
2 - Aplicação da Lei da Ficha Limpa para todos os cargos de confiança no âmbito federal;
3 – Alienação antecipada dos bens apreendidos após atos de corrupção para evitar que não sejam usados por agentes públicos e possam ser vendidos por meio de leilão;
4 – Responsabilização criminal de agentes públicos que não comprovarem a obtenção dos bens;
5 - Confisco de bens dos servidores públicos que tiverem enriquecimento incompatível com os ganhos.
Ministros, autoridades políticas e parlamentares da base aliada
prestigiaram o ato político que marca o início da tramitação das propostas no
Legislativo. No entanto, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não compareceram à solenidade.
Na cerimônia, ao explicar o teor do pacote anticorrupção, o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu que a impunidade seja enfrentada de
“peito aberto”.
Ele classificou a corrupção como uma “doença”, que precisa ser trazida
“à luz do sol” para ser tratada.
“Quando um governo se acumplicia diante dela, não só não cumpre sua
missão, mas esconde dos olhos de todos uma realidade que corre no subterrâneo”,
disse o ministro.
“A corrupção é um mal intolerável”, acrescentou. Ele destacou ainda o
impacto negativo da corrupção no país e afirmou que a prática não só é
“eticamente reprovável”, mas “agrava a própria exclusão social no país”,
complementou.
Promessa de 2013
Prometido por Dilma durante a campanha eleitoral, o "pacote anticorrupção" foi sugerido pela pela presidente pela primeira vez, em 2013, como uma resposta à onda de manifestações que tomou conta do país durante a Copa das Confederações.
Prometido por Dilma durante a campanha eleitoral, o "pacote anticorrupção" foi sugerido pela pela presidente pela primeira vez, em 2013, como uma resposta à onda de manifestações que tomou conta do país durante a Copa das Confederações.
Na campanha eleitoral do ano passado, Dilma chegou a convocar uma
entrevista coletiva no Palácio da Alvorada para detalhar as propostas. No
entanto, apesar de ter feito a promessa há quase dois anos, o Executivo só
encaminhou o projeto ao parlamento nesta quarta.
Diante da repercussão das manifestações do último domingo (15), que
levaram milhares de pessoas às ruas para protestar contra a presidente e pedir
o fim da corrupção no país, o governo decidiu acelerar o envio das propostas ao
parlamento.
Na véspera da entrega do pacote, integrantes do primeiro escalão do
governo Dilma fizeram uma ofensiva sobre congressistas da base aliada para
apresentar os projetos, coletar sugestões e assegurar apoio para a aprovação
das medidas.
FONTE: G1.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário