DEPUTADO EDUARDO CUNHA ANUNCIA ROMPIMENTO COM O GOVERNO DILMA - Blog do Lenno Barbosa Parambu

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sábado, 18 de julho de 2015

DEPUTADO EDUARDO CUNHA ANUNCIA ROMPIMENTO COM O GOVERNO DILMA



Nesta sexta-feira (17) o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou que, pessoalmente, está rompido com o governo e vai defender que o PMDB também saia do governo, no congresso do partido, em setembro. Cunha disse que esta é uma posição dele como deputado, pessoal, e que já comunicou o vice-presidente Michel Temer, do PMDB, que rompeu com o governo
Durante uma hora de entrevista, Cunha disse que vai sugerir no congresso do PMDB que o partido também rompa com o governo. Eduardo Cunha disse que está sendo vítima de uma orquestração envolvendo o governo e o Ministério Público. Disse que o delator Júlio Camargo foi pressionado a mudar o depoimento. Mas fez a ressalva de que não está acusando a presidente Dilma.
“Eu pessoalmente, a partir de hoje, me considero um rompimento pessoal com o governo. Saiba que o presidente da Câmara a partir de hoje é oposição do governo. Essa lama eu não vou aceitar estar junto dela. E não vou ser constrangido com intimidações”, fala Eduardo Cunha.
Cunha também disse que procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem a intenção clara de prejudicá-lo e que isso está claro nas investigações da Operação Lava Jato. Disse que há um vazamento seletivo de informações e que procurador e o governo estão agindo juntos. Afirmou que Janot trabalha pela recondução ao cargo.
“O procurador ele, de uma certa forma, ele negociou a sua prerrogativa e sua consciência visando a sua recondução. Quem pode fazer a sua recondução é o governo. Então como ele está a serviço do governo, e óbvio que há uma interação”, fala Cunha.
Em seguida à fala de Cunha, o vice-líder do governo, Silvio Costa, do PSC de Pernambuco, disse que Cunha não pode usar a presidência da Câmara para atingir as instituições do país. Disse que Cunha perdeu as condições de seguir à frente da presidência da Câmara e pediu o afastamento temporário dele.
“A primeira providência que eu estou tomando aqui, enquanto parlamentar é pedir o afastamento temporário do presidente Eduardo Cunha enquanto a Operação Lava Jato não for concluída. Eu proponho, em nome da tranquilidade do parlamento, que ele se afaste”, fala Silvio Costa.
A presidente Dilma Rousseff está participando da cúpula do Mercosul e ainda não falou sobre o rompimento de Eduardo Cunha com o governo.
O PMDB divulgou uma nota dizendo que essa é uma posição pessoal de Eduardo Cunha e que qualquer decisão partidária depende de uma consulta à executiva e ao conselho do partido, e que o PMDB continua no governo.
O procurador-geral da república, Rodrigo Janot, ainda não se pronunciou. Em nota enviada pela 13ª Vara de Justiça Federal, de Curitiba, o juiz federal Sergio Moro diz que a 13ª Vara de Curitiba conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. “Não cabe ao juiz silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo”.
O Palácio do Planalto se manifestou sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de romper com o governo. Em nota, a secretaria de Comunicação da Presidência da República disse que o presidente da Câmara anunciou uma posição de cunho estritamente pessoal. Que os Poderes devem conviver com harmonia, na conformidade do que estabelecem os princípios do estado de direito.
O governo disse esperar que esta posição não se reflita nas decisões e nas ações da presidência da Câmara, que devem ser pautados pela imparcialidade e pela impessoalidade.

Fonte: G1.com

 

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