A Polícia Militar do município
de Arneiroz, prendeu 5 pipeiros credenciados na “Operação Carro Pipa” do
Exército Brasileiro, que estavam desperdiçando a água que seria distribuída À
população da Zona rural dos municípios de Pedra Branca e Boa Viagem.
A água era retirada do açude
Arneiroz II, mas não chegaVa a população das comunidades, pois era despejada em
um terreno da localidade denominada de “Sítio
Ladeira do Hélio”, localizado em um assentamento distante cerca de 08 Km da
Sede de Arneiroz. O objetivo era economizar tempo e combustível.
Segundo o Subtenente Carlos
Couto que comandou a operação, havia uma denúncia de populares sobre esse
crime, pois os proprietários dos pipas, recebiam o dinheiro do Exército mas não
entregavam o produto.
Na tarde desta quinta feira,
12, uma composição da PM foi averiguar a denúncia e flagrou oito carros pipas
estacionados no local, sendo que três estavam vazios e os demais ainda com o
líquido.
O terreno estava molhado e
tinha erosão, levando a Polícia a concluir de que ali havia sido despejada
muita água, constituindo-se em crime contra o meio ambiente e um provável
estelionato.
Um oficial do Exército
Brasileiro, que fiscaliza a “Operação Carro Pipa” na região, foi informado
sobre o caso e constatado o ilícito, os proprietários dos caminhões receberam
voz de prisão e foram conduzidos à 14ª DP de Tauá, para os procedimentos
cabíveis.
Depoimentos
Todos foram ouvidos pelo
Delegado Gisleian Lima, mas somente dois dos envolvidos na fraude, ficaram
presos, o pipeiro Francisco Jhonata Lima de Oliveira, 28 anos, e o
proprietário do terreno, Valmir Souza Santos. O primeiro foi indiciado por
crime de estelionato, por infração ao artigo 171, do Código Penal, e o segundo,
o proprietário do terreno, vai responder por infração ao artigo 163, parágrafo
I, inciso 3º por dano ao patrimônio. Ambos ficaram presos e serão encaminhados
a cadeia pública de Arneiroz.
Os demais pipeiros foram apenas
ouvidos e liberados, pois como os tanques ainda estavam cheios, não foram
encontrados indícios que pudessem incriminá-los, mas vão ser investigados e
caso fique evidenciada a participação deles nessa fraude, irão responder
criminalmente.
Um apontador também será
investigado, pois assinava os documentos, atestando a entrega da água, quando
na realidade isso não acontecia. Um representante do Exército Brasileiro, que
coordena a Operação “Carro Pipa”, subtenente Leite, do 23º BC acompanhou todo o
trabalho policial, mas não se manifestou sobre o fato.
O caso está sendo apurado pela
Delegacia Regional de Polícia Civil de Tauá e quando o inquérito for concluído
será remetido a Justiça Federal.
Repórter: Lindon Johnson
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