Nesta quarta-feira, 03 de maio,
o Município de Tauá completa 214 anos de Emancipação Política. Para comemorar a
data, haverá uma programação a iniciada às 6h da manhã com alvorada e queima de
fogos, seguida do hasteamento dos pavilhões com o acompanhamento da Banda
Maestro Chico Clarinete e bênção do Pastor Pereira.
Já às 7h, haverá o desfila dos
órgãos de segurança do município de Tauá no centro da cidade. A partir das 8h
da manhã haverá uma corrida de rua e às 9:30h, será celebrada uma Missa em Ação
de Graças.
Na parte da tarde, às 16h,
acontecerá passeio ciclístico e a programação ficará encerrada à noite com a
apresentação da Banda Conexão do Forró, no Parque da Cidade.
A data é feriado no município.
História de Tauá
Origem da Cidade Em 1708,
Lourenço Alves Feitosa recebeu uma sesmaria situada nas ribeiras do rio Jucás,
para o estabelecimento de uma fazenda. As sesmarias eram terras dadas pelos
reis de Portugal para quem quisesse cultivá-las. Dez anos mais tarde, o capitão
Luís Coelho Vital foi chamado para conquistar e povoar uma larga e extensa
faixa de terra dentro daquela sesmaria, nos famosos Sertões dos Inhamuns.
Anos mais tarde, precisamente
em 13 de março de 1724, Lourenço Alves Feitosa recebeu do atual dirigente da
Capitania do Ceará Grande, Manuel François, mais três léguas de terras situadas
nos caminhos dos Inhamuns. Nessa mesma época, eram concedidas diversas
sesmarias, entre elas uma situada nas margens do rio Jaguaribe para o capitão
Geraldo Monte, que se tornou inimigo de Lourenço Alves Feitosa, pela
proximidade entre suas terras.
Durante muitos anos ocorreu uma
terrível luta entre Monte e Feitosa, com a participação de diversas
localidades, cujos nomes servem de exemplo para aquela fase: Riacho do Sangue,
Trincheiras, Cruzes, Tropas, Emboscada. Após essa luta, diversas outras também
aconteceram e foram importantes para a formação da sociedade local.
Podemos citar os confrontos
entre os Araújos e Maciéis, os Viriatos e Calangos e os Cunhas e Patacas. Após
essas lutas, Tauá surgiu como um pacato lugarejo, em pleno sertão dos Inhamuns.
Em uma portaria de 14 de dezembro de 1801, foi indicado o ouvidor da Capitania
Gregório da Silva para viajar até aquela localidade e estudar a possibilidade
de sua elevação à vila.
Foram prestadas diversas
homenagens à comitiva pela população e, em cerimônia realizada com a presença
de todos, foi lida a ata que erigia a povoação em Vila com a denominação de São
João do Príncipe, a 03 de maio de 1802. A igreja na localidade foi instituída
em 17 de agosto de 1852, sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário, padroeira
da cidade. A criação da comarca data de 1836, pela Lei Provincial no 52, de 25
de setembro.
Comarca é uma divisão
territorial representada pelo Poder Judiciário. Em 1889, o Marechal Deodoro da
Fonseca Proclamou a República no nosso país. Em seus primeiros dias,
procurou-se eliminar todos os traços do extinto regime monárquico.
Uma das conseqüências dessa
nova ordem foi a mudança da designação da Vila para São João do Príncipe dos
Inhamuns, em 02 de fevereiro de 1889. Esse nome veio a ser substituído pela Lei
no 485 de 14 de outubro de 1898 pelo seu atual nome: Tauá. Pela Lei Estadual no
2677 de 02 de agosto de 1929, a vila foi transformada em cidade na administração
de Dr. Manuel do Nascimento Fernandes Távora, primeiro interventor federal no
Ceará.
Em 1933, a divisão
administrativa fixou para o município os distritos de Tauá, Flores, Cococi,
Arneiroz, Barra Nova, Santa Catarina, Marrecas e São Pedro da Cachoeirinha,
exceto Marruás, distrito enquadrado neste mesmo ano no município de Maria
Pereira, atual Mombaça. Marruás só foi incluído em Tauá no ano seguinte. Em
1937, o município foi acrescido do distrito de Santo Antônio das Carrapateiras,
enquanto o de Santa Catarina se transferiu para Saboeiro.
Na divisão territorial
seguinte, em 30 de dezembro de 1943, o município conservou os distritos, tendo
apenas alterados alguns de seus nomes: Nova Cruz, Cachoeirinha e Flores
passaram a se chamar Inhamuns, Parambu e Trici.
Em 15 de setembro de 1956, o
então governador Paulo Sarasate desmembrou do município de Tauá os distritos de
Parambu e Cococi, criando uma nova unidade municipal com sede em Parambu. No
ano seguinte, foi a vez do distrito de Arneiroz ser elevado à categoria de
município. Significado do nome Tauá e dos Inhamuns Existem diversas
interpretações diferentes para o significado da palavra Tauá.
Uma delas é “barro vermelho”,
palavra indígena. Outra afirma que Tauá quer dizer Cidade Antiga, ou Aldeia
Antiga. Podemos citar também: “barro amarelo”, “solo tipicamente laterizado” e
“palmeira do Brasil”. A origem da palavra Inhamuns é de denominação indígena,
tribo que habitava o alto sertão dos inhamuns – “Índios Jucás”.
Já José de Alencar diz que
Inhamuns também quer dizer “Irmão do Diabo”. Primeiros habitantes da região
Quando os colonizadores chegaram aos Inhamuns, já encontraram algumas tribos
indígenas naquelas terras. Eles chamavam-se Jucás e Genipapos.
Os Jucás eram aldeados no
Arneiroz e os Genipapos nas terras mais próximas da fronteira com o Piauí. Para
demarcarem seu território e defender-se dos ataques inimigos, os Jucás
construíram uma fortaleza no Saco do Coronzó, conhecida como as Muralhas
Rochosas, que fica ao lado da Serra Grande.
Com a chegada dos colonizadores,
as famílias que dominaram a região, inicialmente foram os acima citados Feitosa
e Monte, representados por seus chefes: Lourenço Alves Feitosa e Geraldo Monte.
Já foi citada a luta entre essas duas famílias, que foram pioneiras nessas
terras.
Repórter: Wilrismar Holanda
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