A Secretaria
de Saúde do Estado do Ceará recebeu na tarde desta quarta-feira, 31, os
resultados de novos exames feitos na paciente do município de Parambu que está
internada em Teresina descartando um diagnóstico de meningite viral divulgado
pela manhã.
Segundo o
laudo assinado pelo médico Dr. Marcelo Adriano, do Hospital de Doenças
Tropicais Natan Portela, na capital piauiense, encaminhado às autoridades de
saúde do Estado do Ceará, a nova bateria de exames diagnosticou uma doença
chamada Toxoplasmose Gondii, descartando completamente que a mulher de 39 anos
tenha meningite viral.
As
informações também já foram encaminhadas para a Secretaria de Saúde do
município de Parambu.
A mulher de
39 anos de idade, residente no bairro Juazeiro, compareceu
no Hospital Dr. Cícero Ferreira com sintomas de arboviroses no último dia 18 de
maio, onde ficou internada até o dia 21, quando recebeu alta após o tratamento.
No entanto,
a família resolveu levá-la para Teresina, onde foi hospitalizada e passou por
vários exames.
O que é a
Toxoplasmose Gondii
A
toxoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que tem
distribuição geográfica mundial e apresenta alta prevalência sorológica, ou
seja, muitas pessoas já entraram em contato com o mesmo.
A doença é
uma zoonose, frequente em várias espécies de mamíferos (carneiro, cabra, porco,
gato e outros felídeos) e aves.
O T.
gondii é um parasito heteroxênico, ou seja, possui hospedeiro
definitivo (HD) e intermediário (HI). Os gatos e outros felídeos não imunes são
os hospedeiros definitivos.
Ele tem como habitat vários tecidos, células
(exceto hemácias) e líquidos orgânicos (saliva, leite, esperma, líquido
peritoneal, etc.).
Transmissão
O ser humano
adquire a infecção por três vias principais:
1. Ingestão
de oocistos presentes em alimento ou água contaminadas,
jardins, caixas de areia, latas de lixo ou disseminados mecanicamente por
moscas, baratas, minhocas etc.
2. Ingestão
de cistos (contendo bradizoítos) em carne crua ou mal cozida
especialmente de porco e carneiro.
3. Congênita
ou transplacentária – transmissão dos taquizoítos para o feto.
Diagnóstico
O diagnóstico
clínico é de difícil realização.
Forma aguda:
- Pesquisa de taquizoítos no leite, sangue, líquor, saliva etc.
- Realização de esfregaço do material centrifugado com coloração pelo método de Giemsa;
- Biópsia e realização de cortes histológicos em gânglios enfartados, fígado, baço e músculo corados por hematoxilina e eosina.
Diagnóstico
imunológico
São feitos
testes imunológicos que detectem anticorpos circulantes que correspondam a fase
da doença:
IgM -
Aparecem na primeira semana de infecção com pico até 1 mês; indicam quadro
agudo.
IgG - Surge
após 4 semanas; indica infecção crônica ou cura (imunidade).
*Pesquisa
feita no site Biomedicina Padrão
Fonte:
Wilrismar Holanda
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