A deputada Aderlânia Noronha
(SD) é autora do projeto de lei que institui, no calendário de eventos do
Ceará, a campanha “Mais Mulheres na Política”. A proposição tem como objetivo
fomentar a participação política das mulheres no Estado do Ceará.
“A presença reduzida ou mesmo a
ausência feminina em cargos de gestão pública é uma ameaça à democracia. É
imperioso enxergar a participação da mulher como uma medida imprescindível para
melhorar a eficácia de políticas públicas”, destacou a parlamentar.
Aderlânia Noronha acredita que
a campanha será um incentivo para fazer com que a ampliação da presença
feminina na esfera política possa alavancar o empoderamento da mulher em todas
as demais áreas sociais, fazendo com que as mulheres se reconheçam como agentes
sociais importantes na construção de uma sociedade mais justa e melhor.
“No mês da mulher, convidamos a
sociedade para uma reflexão sobre as mulheres e a política. O espaço ainda é
pequeno, mas essa realidade vem mudando a cada eleição. Temos muito a evoluir,
seja como eleitoras ou candidatas a cargos públicos. A presença, cada vez
maior, das ‘Mulheres na Política’ é algo fundamental para o fortalecimento da
política cearense”, afirmou Aderlânia.
Para a manutenção dos direitos
das mulheres, segundo a deputada, é preciso ter representatividade. Isso é
garantido por meio da igualdade de participação entre homens e mulheres na
política, o que possibilita uma sociedade melhor.
Objetivos
Dentre os objetivos da campanha
está a conscientização das mulheres no Estado sobre a importância de sua
participação na atividade política, a elaboração e distribuição de material
informativo sobre os meios de participação na atividade política, os
procedimentos para filiação em partido político e demais informações essenciais
ao tema; o incentivo às mulheres filiadas a partido político para concorrerem a
cargos eletivos e, às demais, para se filiarem a partido político com o qual
tenham afinidade ideológica; a viabilização da realização de palestras,
seminários e cursos sobre capacitação e participação das mulheres na política,
e o incentivo às jovens mulheres entre dezesseis e dezoito anos ao alistamento
eleitoral.
“Precisamos cumprir a tarefa de
edificar uma sociedade realmente justa, de fato democrática e que reconheça a
importância da representação política da metade feminina da população”,
concluiu a parlamentar.
No mapa de representação de
mulheres nos parlamentos do mundo, elaborado pela União Interparlamentar e pela
ONU Mulheres, dentre os países pesquisados, o Brasil aparece na 158º posição.
Na América Latina, aparece atrás da Argentina, México, Cuba e Bolívia, e, à
frente, apenas de Belize.
ESTATÍSTICA:
De acordo com estatísticas publicadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a proporção de mulheres candidatas nas eleições municipais do Ceará não evoluiu nos últimos anos. Em 2016, nos 184 municípios, considerando todos os cargos (prefeito, vice-prefeito e vereador), somente 30,95% dos postulantes são do sexo feminino. Em 2012, a proporção foi um pouco maior, 31,7%, considerando que o total de candidaturas no estado também foi superior.
De acordo com estatísticas publicadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a proporção de mulheres candidatas nas eleições municipais do Ceará não evoluiu nos últimos anos. Em 2016, nos 184 municípios, considerando todos os cargos (prefeito, vice-prefeito e vereador), somente 30,95% dos postulantes são do sexo feminino. Em 2012, a proporção foi um pouco maior, 31,7%, considerando que o total de candidaturas no estado também foi superior.
Ainda em 2016, foram inscritos
14.591 candidatos, dos quais 4.516 são mulheres e 10.075 são homens, ou seja, o
sexo masculino domina a disputa, com 69,05% de representatividade.
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