O Blog do Lenno Barbosa marcou presença no Memorial Patativa
do Assaré, em Assaré-CE, 623 km da capital Fortaleza.
O local guarda relíquias do “poeta da roça”, o poeta cearense Patativa.
Patativa do Assaré trouxe ao mundo um estilo de poesia
encantador, que divulgou, através da literatura de cordel, a beleza da natureza
sertaneja, as alegrias e o sofrimento do povo do sertão.
Com linguagem simples e versos “redondos”, Patativa tornou-se
um verdadeiro fenômeno, conhecido em todo o Brasil e até em partes do mundo, porque,
apesar da pouca escolaridade, o poeta encantava a todos com a beleza e o
capricho dos seus repentes e poesias.
Nós cearenses deveríamos conhecer mais e mais a nossa cultura
e, além de conhecê-la, valorizá-la, pois a nossa cultura é parte nossa, é a
nossa identidade.
Veja algumas fotos da visita:
Veja algumas fotos da visita:
Cadeiras, Tv e rádio usados por Patativa em vida. |
Patativa em participação no programa do Jô Soares |
Poeta Patativa concedendo entrevista a imprensa |
Conheça mais sobre PATATIVA
Biografia
de Patativa do Assaré
Patativa do Assaré (1909-2002) foi um poeta
popular, compositor, cantor e repentista brasileiro. Foi um dos maiores poetas
populares do Brasil. Cearense de Assaré, teve sua obra registrada em folhetos
de cordel, em discos e livros. Aos 16 anos comprou sua primeira viola e começou
a cantar de improviso. Com uma linguagem simples porém poética retratava a vida
sofrida e árida do povo do sertão. Projetou-se com a música "Triste
Partida" em 1964, uma toada de retirantes, gravada por Luiz Gonzaga, o rei
do baião. Seus livros, traduzidos em vários idiomas, foram tema de estudos na
Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.
Patativa do Assaré (1909-2002) nasceu no município
de Assaré, interior do Ceará, a 623 km da capital Fortaleza. Filho dos
agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Ainda pequeno
ficou cego do olho direito. Órfão de pai aos oito anos de idade, começou a
trabalhar no cultivo da terra, para ajudar no sustento da família. Com pouco
acesso à educação, frequentou durante quatro meses sua primeira e única escola
e sem interromper o trabalho de agricultor, aprendeu a ler e escrever e se
tornou apaixonado pela poesia.
Logo começou a fazer repentes e se apresentar em
festas locais. Antônio Gonçalves da Silva recebeu o apelido de Patativa pois
sua poesia era comparada à beleza do canto dessa ave. Foi casado com Belinha,
com quem teve nove filhos. Com vinte anos começou a viajar por várias cidades
nordestinas e diversas vezes se apresentou na Rádio Araripe.
Com uma linguagem simples porém poética, retratava
em suas poesias, o árido universo da caatinga nordestina e de seu povo sofrido
e valente do sertão. Viajou para o Pará em companhia de um parente José
Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande
sucesso como cantador. De volta ao Ceará continuou na mesma vida de pobre
agricultor e cantador. Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da
gravação de "Triste Partida" em 1964, toada de retirante de sua
autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas
publicados em revistas e jornais e publicou "Inspiração Nordestina"
(1956), "Cantos de Patativa" (1966). Figueiredo Filho publicou seus
poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP
"Poemas e Canções" (1979) uma produção do cantor e compositor
cearense Fagner. Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do
Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP, "A Terra é
Naturá", lançado também pela CBS.
A política também foi tema da obra e de sua vida.
Durante o regime militar, ele criticava os militares e chegou a ser perseguido.
Participou da campanha das Diretas já, em 1984 e publicou o poema
"Inleição Direta 84". No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso
Jereissati, a quem chamava de amigo.
Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP
"Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia" (1994), com participação das
duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e
Oliveira de Panelas. Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua
versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida,
seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo
na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do
Professor Raymond Cantel. Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar
na agricultura, nunca passou um ano sem preparar a sua rocinha, a não ser no
ano em que foi ao Pará.
Patativa do Assará, quase sem audição e cego desde
o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e
meio de altura, é acometido de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na
vesícula e problemas renais.
Antônio Gonçalves da Silva morre em consequência de
falência múltipla dos órgãos, no dia 8 de julho de 2002, em sua casa, em
Assaré, Ceará, aos 93 anos. Patativa é enterrado no cemitério São João Batista,
na sua terra natal.
Poesias
de Patativa do Assaré
A Festa da Natureza
ABC do Nordeste Flagelado
Aos Poetas Clássicos
A Terra dos Posseiros de Deus
A Terra é Naturá
A Triste Partida
Caboclo Roceiro
Cante Lá, Que Eu Canto Cá
Dois Quadros
Eu Quero
Flores Murchas
Inspiração Nordestina
Linguagem dos Óio
Mãe Preta
Nordestino Sim, Nordestino Não
O Burro
O Peixe
O Poeta da Roça
O Sabiá e o Gavião
O Vaqueiro
Vaca Estrela e Boi Fubá
ABC do Nordeste Flagelado
Aos Poetas Clássicos
A Terra dos Posseiros de Deus
A Terra é Naturá
A Triste Partida
Caboclo Roceiro
Cante Lá, Que Eu Canto Cá
Dois Quadros
Eu Quero
Flores Murchas
Inspiração Nordestina
Linguagem dos Óio
Mãe Preta
Nordestino Sim, Nordestino Não
O Burro
O Peixe
O Poeta da Roça
O Sabiá e o Gavião
O Vaqueiro
Vaca Estrela e Boi Fubá
Biografia: e-biografias.net
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